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Atenta às questões sociais, políticas e humanísticas mais contemporâneas, a Editora Nós apresenta ao público brasileiro A tentação da bicicleta , um divertido e didático relato de Edmondo de Amicis, escritor italiano bastante conhecido principalmente por seu romance Coração. Nesta longa crônica, De Amicis, investiga os efeitos da extraordinária popularização da bicicleta entre seus contemporâneos, nas relações amorosas, na literatura e, claro, nele mesmo e em seu inconsciente. Testemunha diversas cenas de pessoas utilizando esta ‘paródia de ginástica’, desde alquebrados idosos a rotundos pais de família de meia idade. A bicicleta então era a nova panaceia universal, a ‘cura giratória’ que fazia desaparecer reumatismos, insônias, cefaleias. Todos pareciam estar a ‘cortar o ar sem praticamente sentir o contato com a terra’, como se fossem seres alados. Amigos do autor tentam, ‘sete vezes por semana’, convencê-lo a ceder à tentação, inclusive por motivos literários, mas ele ainda se recusa a ser ‘um balão cheio de ar voando por aí’. Cordiais e poderosos inimigos da cidade sempre retornam com a opressão cotidiana da bicicleta. O autor dará o passo (ou pedalada) tão desejado e temido ao mesmo tempo? Isso caberá ao leitor descobrir. Ao final, o escritor apenas indicará o conselho de que todos tenham ‘as mãos no guidão e a alma ao vento’. Após a introdução de correntes e câmaras de ar nos pneus, a Europa viveu a chamada ‘era de ouro das bicicletas’ nos anos 1890, uma voga que atingiu a todos, crianças, idosos, mulheres e operários. Onda esta que desde então jamais arrefeceu, com imensurável influência na mobilidade urbana e até na erradicação da pobreza. Sem mencionar a vasta influência cultural, de filme famoso de Vittorio de Sica a canção da banda Queen. As sufragistas pioneiras do final do século XIX reconheceram desde o início o efeito da bicicleta na emancipação feminina e a chamaram de ‘máquina de liberdade feminista’. Em um bem-humorado ensaio, Gore Vidal relembra a lenda de sua infância de que a bicicleta ‘havia acrescentado uma ou duas polegadas à estatura da população mundial ao permitir que os meninos pedalassem para aldeias distantes onde podiam encontrar garotas mais altas ou mais baixas.’ O impacto industrial também foi imenso. Por exemplo, os irmãos Wright, pioneiros da aviação, eram mecânicos de bicicleta. De Amicis escreveu este texto logo depois da febre da bicicleta acima mencionada, a dos anos 1890. No que poderia talvez ser considerado um exemplo de eterno retorno, os paulistanos vivem esta mesma febre nos últimos anos, com consideráveis impactos sociais, urbanísticos e comportamentais. Pelo que se pode observar nas ruas e nas ciclovias, eles parecem ter cedido à tentação.
Nome
A TENTAÇAO DA BICICLETA
CodBarra
9788569020127
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
64
Peso
90,00
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