A falsidade tem uma história e, portanto, um começo ou existiu desde sempre? A natureza é uma mentirosa, oferecendo, onde exista ser vivo em luta pela sobrevivência, provas reiteradas disso? A mentira faz bem à inteligência humana? O homem contemporâneo está desistindo da verdade?

São perguntas provocadoras que Jeremy Campbell responde, com clareza e argúcia, recorrendo à ciência, à arte e à filosofia, desde os gregos até o pensamento pós-moderno. Um livro instigante e insólito, que dialoga com a ética trocando a rigidez do dogma e o maniqueísmo pela contínua tensão dialética entre verdade e mentira. Sem apontar vencedores finais. Pois tanto mais a mentira se torna violentamente hegemônica, como no pesadelo burocrático de Orwell e seu Big Brother, tanto mais a verdade passa a ser temivelmente eficaz.