Vento em popa, a todo pano, convidamos o leitor a tripular este veleiro bergantim pelo mar das aprendências, de tempestades e bonanças. Os astrolábios apontam para a ilha da utopia, situada entre os meridianos da mente e do coração de quem aprende. Ali desembarcaremos com este manual de sobrevivência que molda a argila do sonho em tijolo e concreto para a escola que iremos construir: esta abordagem revolucionária (a revolução das vontades provoca ações inovadoras e mudanças que se abrem ao incentivo de fundações, secretarias de educação, organizações não governamentais e demais entidades, preocupadas com a realidade dramática da educação brasileira).

Esta proposta, quebrando os muros da escola, amplia os horizontes da educação, estabelecendo o bairro educador e a cidade educadora. Por sua abordagem inovadora, pode inspirar a construção atualizada dos regimentos das escolas de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio com irradiações no ensino superior. Apresenta sugestões curriculares que podem ser adaptadas, pela criatividade de suas comunidades, a qualquer escola, pobre ou rica. É um instrumento de fermentação para o debate que necessariamente deverá provocar mudanças no ambiente escolar e na comunidade.

Caracteriza a escola como comunitário e pólo de atração dos saberes e experiências como forma de integração das pessoas para uma cidadania participativa. Estabelece regras de convivências definidas e acordadas em assembleias como princípios para a construção solidária do conhecimento. A escola preconizada exclui as reprovações e a evasão, porque redescobre os valores latentes de aprendente e do educador, em vez de julga-los ou condena-los tirando-lhes valor. Como o regimento escolar pode libertar a alegria de aprender, está contido neste livro.