A (re)escrita de textos: a prática pedagógica da professora Maria apresenta, por um viés teórico-prático, importantes reflexões acerca da natureza interativa e dialógica da linguagem. A autora traz uma vivência em atividades de reescrita textual, em situações efetivas de uso da língua, num processo de formação do professor em que a singularidade da prática profissional se transformou num local de produção do saber. A professora (referida como “Maria”) compreendeu teórica e metodologicamente a natureza interativa da linguagem, como espaço de recuperação do sujeito (ser histórico, social e cultural), rompendo com a escrita mecânica e linear, tão habitual na escola. Assim, em um pano de fundo de uma análise individual, assentam-se elementos generalizantes, que conferem transposições didáticas para o ensino da leitura e da escrita. Com ações de investigação, interação, análise, reformulação, intervenção e síntese na dimensão da aula da professora Maria, a autora apresenta conclusões para se instaurarem práticas de trabalho em uma escrita assentada na concepção sociointeracionista da linguagem, que exigem do professor assenhorear-se desse referencial, para provocar a dialogia na sua aula. Torna-se relevante a temática para pesquisas nos cursos de Letras e Pedagogia e também para estudos sobre letramento e ensino-aprendizagem da língua portuguesa.