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Um dos principais eixos temáticos desta coletânea diz respeito ao neoconservadorismo. O assunto abre e perpassa todos os textos aqui reunidos, que remetem ainda a diferentes aspectos da defesa de Habermas da continuidade do projeto de modernidade. Sem abandonar a dimensão teórica, o filósofo, conhecido por seu engajamento político, coloca-se como “contemporâneo político” e assume posições acerca de questões públicas candentes ainda hoje – escrita em 1985, a obra reflete sobre problemas e tensões de uma década crucial para a sobrevivência e maturação do projeto democrático não apenas na Alemanha.
No campo teórico, Habermas procura distinguir o velho e o novo conservadorismo – o primeiro marcado por uma rejeição integral à modernidade e um apego fiel às formas de vida tradicionais, e o último por uma reconciliação seletiva e negociada com os processos inacabados de modernização. Para ele, o neoconservadorismo, assim como o velho conservadorismo, combate a modernização cultural, mas o faz em nome do aprofundamento dos processos de modernização social. E são esses dois conceitos que o filósofo considera fundamental distinguir em uma teoria da modernização.
Enquanto a modernização cultural, descrita como a racionalização comunicativa do mundo da vida, torna as tradições vulneráveis à “força explosiva” do questionamento e da crítica intramundana, a modernização social transforma as formas de vida tradicionais segundo o movimento de monetarização e burocratização das estruturas sociais, pautando-se pelos meios empobrecidos do poder e do dinheiro.
A teoria é o pano de fundo das posturas propositivas defendidas pelo filósofo, que busca interferir no debate público, identificando e combatendo os principais adversários de suas posições. No artigo “Desobediência civil: a pedra de toque do Estado Democrático de Direito”, publicado pela primeira vez na revista Merkur, ele propõe o debate sobre o tema, mas recorre à herança teórica para defender a modificação de padrões de interpretação e aplicação do direito, combatendo a tipificação penal de protestos públicos não violentos sustentada por membros da Corte Constitucional alemã e juristas de renome.
O livro compõe-se de 13 ensaios divididos em sete temas, incluindo uma longa entrevista à revista New Left Review. Ali, Habermas fala sobre a evolução de seu pensamento, desde quando frequentava universidades fechadas às influências do exterior da Alemanha do pós-guerra. Uma das perguntas aborda a emergência da bandeira ecológica. Habermas responde: “[...] até onde posso ver, as investigações ecologicamente inspiradas se movem por inteiro, em termos metodológicos, dentro de um quadro convencional. Por ora, nada parece depor a favor da ideia de que em uma atitude não objetivante, por exemplo, na atitude performativa de um participante da comunicação, possam se desenvolver ciências naturais alternativas – teorias que estivessem, por exemplo, na sucessão das filosofias danatureza românticas ou alquimistas”.
Na apresentação, Antonio Ianni Segatto e Felipe Gonçalves Silva pontuam, sobre o livro: “Leitura obrigatória não apenas aos estudiosos da filosofia habermasiana, mas a todos aqueles interessados nos tortuosos meandros de um processode modernização inacabado”.
Nome
A NOVA OBSCURIDADE
CodBarra
9788539305520
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
01/01/2015
Páginas
392
Peso
480,00
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