O livro apresenta minha dissertação de mestrado que é fruto das inquietações com o instituto da mediação. Na graduação tive contato, através de uma disciplina eletiva, com a conciliação e a mediação. Posteriormente, no então grupo de pesquisas, e hoje Observatório de Cultura Jurídica e Democratização do Processo, coordenado pelo professor Dr. Alexandre Catharina, pude iniciar minhas pesquisas sobre o assunto ainda muito fresco na legislação, além de participar de audiências simuladas de mediação no estágio no Núcleo de Práticas Jurídicas da universidade.

Inicialmente, como uma boa estudante de Direito à época, não entendia a serventia da mediação, principalmente dentro do processo judicial, pois tinha a ideia de que quem ingressa com um processo no judiciário não quer dialogar, mas brigar. Mas rapidamente minhas ideias foram se modificando e acabei me tornando uma grande entusiasta e defensora da mediação por proporcionar aos envolvidos a possibilidade de solucionarem o conflito de forma satisfatória para todos e com o comprometimento e engajamento na execução do combinado, além de também enxergar benefícios para nós, advogadas e advogados.

Assim, ao ingressar no mestrado tive o desejo de pesquisar como os profissionais da advocacia estavam entendendo e percebendo a mediação, através de uma pesquisa empírica, o que resultou no trabalho ora apresentado e a grata surpresa de que as advogadas e os advogados estão buscando se atualizar a respeito do método.