Vivemos uma época de febre intelectual e moral, na qual as verdades mais simples, e, ao mesmo tempo, mais fundamentais, são questionadas e submetidas ao crivo de uma crítica intransigente e muitas vezes mal intencionada. Sob os ataques incessantes e insidiosos do livre pensar, o imponente edifício da moral tradicional tem hoje ruído em muitas almas, e muitas consciências foram soterradas sob os seus escombros. Diante de tal situação, é preciso educar a consciência. Mas o que é, afinal, a consciência? Como agir para fazê-la desabrochar e aprimorá-la? Existe uma educação puramente objetiva da consciência moral que não ignora o temperamento e a história de cada indivíduo? Estaria a educação da consciência sujeita a leis fixas, imutáveis, iguais para todos, ou seria cada um livre para formar a sua consciência como bem entender? Em A educação da consciência, Gillet busca responder, de forma tão clara quanto possível, a essas questões complexas e delicadas.