Pedro David Port nasce na cidade gaúcha de Cachoeira do Sul, no ano de 1941. Em 1964, junto com dois outros conterrâneos, Paulo Gouveia e Tupinambá de Azevedo, marca sua estreia na literatura com a publicação da antologia poética intitulada Poesia vezes três, prefaciada por Mario Quintana. Cinco anos depois, forma-se em Filosofia na PUC e atua na imprensa em Porto Alegre como repórter e crítico de cinema.
No ano de 1973, depois de prolongada erronia pela Cordilheira dos Andes, fixa-se na Ilha de Santa Catarina. Publica Vento Sul pela Editora Noa Noa em 1979, mesmo ano em que conclui o curso de pós-graduação em Literatura Brasileira na UFSC, e também ministra curso de estética para professores de Literatura. Em 1994, publica Cântaros pela Editora Athanor e participa ativamente com a criação do verbete “Ilhíada”, que dá título à antologia Ilhíada, uma trezena lírica de poetas da Ilha lançada em Buenos Aires e apresentada pelo poeta no Palais de Glace ou Palácio Nacional das Artes, na Recoleta, em Buenos Aires.
De 2000 até 2019, com o fim da Editora Athanor, criou as suas edições Delos, cadernos de poesia, que guardavam o propósito de prosseguir veiculando a sua produção. Rodrigo de Haro e Idésio Leal foram parceiros fundamentais nessa iniciativa que até agora rendeu alguns títulos, como Sírinx (monólogo de um imortal), Deus não conversa, Veredas etc.
A chegada da pandemia recentemente, com o imperativo protocolar do isolamento, fez o poeta suspender suas atividades editoriais.
Esta obra, que a Editora Insular ora traz a lume, representa, enfim, uma retomada da práxis poética do vate, que consiste em buscar na comunicação da poesia o antídoto para o isolamento imposto pela pandemia.
A poesia pode curar, a poesia é necessária. Viva a poesia!
Nelson Rolim de Moura