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Os poemas de Fernando Moreira Salles enganam o leitor: aparecem suaves, quase tênues, para inadvertidamente adquirirem o peso de uma revelação grave. O próprio poeta atenta para sua ferramenta poética: uma “Dicção de espuma.../ trilha e compasso/ deste ser”. Ferramenta contraditória no sentido de ser “de espuma” e de nomear com contundência o que é tão difícil de apreender: o tempo, a intimidade, as sensações e sentimentos mais fugazes. Nessa visita exemplar à intimidade do tempo, Salles recorre inúmeras vezes à metáfora do mar (invocada desde o título da obra), que ao mesmo tempo muda incessantemente e aponta para a eternidade: “A lembrança/ nasce/ no quieto horizonte/ como ondas/ de outras manhãs”. É o mar, inclusive, que dá nome ao poeta, que o decifra e ao mesmo tempo expõe e acolhe: “Átimo/ instante/ entre marés/ Algo/ me nomeia”; “Só/ neste mar/ dispo/ minha sombra”. E está na conclusão do livro, em que o poeta faz a soma de si e define seu legado: “Estas/ poucas/ palavras/ e a chave do mar”.
Nome
A CHAVE DO MAR
CodBarra
9788535917529
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
08/10/2010
Páginas
80
Peso
130,00
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