Ser escravo do preconceito pode custar caro. Várias anedotas que o comprovam são aqui contadas por um erudito do século XVIII, Pierre-Thomas-Nicolas Hurtaut, para quem peidar era uma arte e um peido bem soltado, uma arma social.

Publicada em 1751, A arte de peidar tornou-se rapidamente um clássico da literatura cômica e pseudo-médica. Com uma precisão nada convincente para a medicina, mas muito divertida para os espíritos tortos, seu autor relata a grande diversidade de peidos, que classifica segundo sua musicalidade, e descreve os diferentes meios para prolongar, modular e também abafar suas sonoridades.

Pois, leitor, no fim das contas, não é uma vergonha que, apesar de peidar desde sempre, você ainda não saiba como o faz, nem como o deve fazer?